terça-feira, 31 de julho de 2007

segunda-feira, 30 de julho de 2007

...Ingmar Bergman...1918-2007...


Morreu o realizador sueco Ingmar Bergman, aos 89 anos. Bergman nasceu a 14 de Julho de 1918, em Uppsala, a norte de Estocolmo. A sua estreia no mundo cinematográfico aconteceu em 1955, com "Sorrisos de Uma Noite de Verão", uma comédia de costumes sofisticada que tinha como cenário a Suécia da viragem do século. O filme acabou por vencer o prémio de melhor comédia no Festival de Cannes em 1956. O reconhecimento internacional chegou com a película "O Sétimo Selo", passada na Idade Média, que venceu o prémio do júri de Cannes em 1957. Filmes como "Cenas de um Casamento" e "Fanny e Alexandre", nomeados para os Óscares, deram a Bergman o estatuto de grande mestre do cinema moderno europeu. Em 1963, Bergman foi nomeado director do Teatro Nacional sueco e em 1985 recebeu a distinção de comendador da Legião de Honra francesa. Em 1987 publicou a sua autobiografia, "A Lanterna Mágica". Um ano depois, fundou, com outros dois cineastas, a Academia Europeia de Cinema. Em 1997 recebeu a Palma de Ouro de carreira no Festival de Cannes. Anunciou a sua retirada em 2004, aos 86 anos de idade.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

...Cyrano de Bergerac...






Cyrano de Bergerac” é uma peça de teatro escrita por Edmond Rostand (1868-1918), inspirada na vida de Savinien de Cyrano Bergerac (1619-1655), escritor, poeta e livre pensador, contemporâneo de Boileau e Molière.
Esta obra, que já foi encenada centenas de vezes em todo mundo e inspiradora de alguns filmes (o meu preferido é o realizado por Rappeneau, em que a personagem é magnificamente interpretada por Gérard Depardieu), é magistral e conta uma história extraordinária de um homem extraordinário – e do seu nariz -, em cuja personalidade se mesclam a audácia, a coragem, a entrega absoluta à paixão, a lealdade, a fidelidade, a fanfarronice, o romantismo, o burlesco, a generosidade…
Enfim...a ler ou a reler.

P.S. Je suis un peu Cyrano…et ce n’est pas seulement à cause de mon nez, je vous assure :))




Para um pouco de CyranoMania...ver AQUI

terça-feira, 24 de julho de 2007

domingo, 22 de julho de 2007

...do meu baú...
















...Cinema Paraíso...




Ontem ao fazer o habitual “chan-zap” deparei-me, na RTP 1, com o filme “O Cinema Paraíso”, que considero uma das mais belas obras primas da sétima arte.
“O Cinema Paraíso” representa tudo o quanto o cinema pode ser em termos de criação artística.
Para além da sua qualidade intrínseca – realização, imagem, interpretação – ligam-me a este filme laços que resultam de alguma semelhança biográfica, que resultam de dois aspectos fundamentais: o espaço cinema enquanto cenário mágico de crescimento e a forma como o protagonista (adulto) lida com os “frames” da sua própria memória.
Um dos locais onde cresci foi num cinema, cujo proprietário era o meu avô. A partir daí…




Ficha TécnicaTítulo Original: Nuovo Cinema Paradiso


Gênero: Drama;Tempo de Duração: 123 minutos; Ano de Lançamento (Itália): 1988


Estúdio: TF1 Film Productions / Les Films Ariane / Cristaldifilm / RAIDistribuição: Miramax Films


Direção: Giuseppe Tornatore


Roteiro: Giuseppe Tornatore


Produção: Mino Barbera, Franco Cristaldi e Giovana Romagnoli


Música: Andrea Morricone e Ennio Morricone


Direção de Fotografia: Blasco Giurato


Desenho de Produção: Andrea Crisanti


Figurino: Beatrice Bordone


Edição: Mario Morra


Elenco: Antonella Attili (Maria - jovem), Enzo Cannavale (Spaccafico), Isa Danieli (Anna), Leo Gullotta (Usher), Marco Leonardi (Salvatore - adolescente), Pupella Maggio (Maria - idosa), Agnese Nano (Elena - adolescente), Leopoldo Trieste (Padre Adelfio), Salvatore Cascio (Salvatore - criança), Roberta Lina (Lia), Nino Terzo (Pai de Peppino), Jacques Perrin (Salvatore - adulto), Brigitte Fossey (Elena - adulta), Philippe Noiret (Alfredo), Tano Cimarosa, Nicola Di Pinto






”Nos anos que antecederam a chegada da televisão (logo depois do final da Segunda Guerra Mundial), em uma pequena cidade da Sicília o garoto Toto (Salvatore Cascio) ficou hipnotizado pelo cinema local e procurou travar amizade com Alfredo (Philippe Noiret), o projeccionista que se irritava com certa facilidade, mas paralelamente tinha um enorme coração. Todos estes acontecimentos chegam em forma de lembrança, quando agora Toto (Jacques Perrin) cresceu e se tornou um cineasta de sucesso, que recorda-se da sua infância quando recebe a notícia de que Alfredo tinha falecido…”

sexta-feira, 20 de julho de 2007

quinta-feira, 19 de julho de 2007

terça-feira, 17 de julho de 2007

PROCESSA-ME

No domingo, numa entrevista ao “Diário de Notícias”, o Prémio Nobel português da literatura defendeu a fusão entre Portugal e Espanha, sugerindo que o novo país se chamasse Ibéria.

O escritor, que reside há 14 anos na ilha espanhola de Lanzarote, considera que Portugal, "com dez milhões de habitantes", teria "tudo a ganhar em desenvolvimento" se houvesse uma "integração territorial, administrativa e estrutural" com Espanha.

O meu comentário: SARAMAGO ÉS UM ESCROQUE E UM PULHA.

Podes ter a certeza que te sentes menos insultado com o que afirmaste do que eu com o que defendeste.

Processa-me.


segunda-feira, 16 de julho de 2007

..DOCUMENTA KASSEL - 16.VI.2007 a 23.IX.2007...



“The documenta is regarded as the most important exhibition of contemporary art, drawing attention from all over the world. It was initiated in 1955 by the artist and art educator, Arnold Bode, in Kassel. After the period of Nazi dictatorship, it was intended to reconcile German public life with international modernity and also confront it with its own failed Enlightenment.Nobody would have thought at that time that the exhibition, often called the One Hundred Day Museum, would become an unparalleled success. Nevertheless, the twelfth documenta will be taking place in summer 2007.”





“Leitmotifs
documenta 12 has three leitmotifs. It is no accident that they take the form of questions. After all, we create an exhibition in order to find something out. Here and there, these motifs may correspond, overlap, or disintegrate – like a musical score.Is modernity our antiquity?This is the first question. It is fairly obvious that modernity, or modernity's fate, exerts a profound influence on contemporary artists. Part of that attraction may stem from the fact that no one really knows if modernity is dead or alive. It seems to be in ruins after the totalitarian catastrophes of the 20th century (the very same catastrophes to which it somehow gave rise). It seems utterly compromised by the brutally partial application of its universal demands (liberté, égalité, fraternité) or by the simple fact that modernity and coloniality went, and probably still go, hand in hand. Still, people's imaginations are full of modernity's visions and forms (and I mean not only Bauhaus but also arch-modernist mind-sets transformed into contemporary catchwords like “identity” or “culture”). In short, it seems that we are both outside and inside modernity, both repelled by its deadly violence and seduced by its most immodest aspiration or potential: that there might, after all, be a common planetary horizon for all the living and the dead.What is bare life?This second question underscores the sheer vulnerability and complete exposure of being. Bare life deals with that part of our existence from which no measure of security will ever protect us. But, as in sexuality, absolute exposure is intricately connected with infinite pleasure. There is an apocalyptic and obviously political dimension to bare life (brought out by torture and the concentration camp). There is, however, also a lyrical or even ecstatic dimension to it – a freedom for new and unexpected possibilities (in human relations as well as in our relationship to nature or, more generally, the world in which we live). Here and there, art dissolves the radical separation between painful subjection and joyous liberation. But what does that mean for its audiences?The final question concerns education: What is to be done? Artists educate themselves by working through form and subject matter; audiences educate themselves by experiencing things aesthetically. How to mediate the particular content or shape of those things without sacrificing their particularity is one of the great challenges of an exhibition like the documenta. But there is more to it than that. The global complex of cultural translation that seems to be somehow embedded in art and its mediation sets the stage for a potentially all-inclusive public debate (Bildung, the German term for education, also means “generation” or “constitution”, as when one speaks of generating or constituting a public sphere). Today, education seems to offer one viable alternative to the devil (didacticism, academia) and the deep blue sea (commodity fetishism). "


Roger M. Buergel, December 2005
VER MUITO MAIS AQUI

domingo, 15 de julho de 2007

sábado, 14 de julho de 2007

quinta-feira, 12 de julho de 2007


Não será necessário que te conte muito, porque há qualquer coisa que me diz que arranjaste alguma forma de estares por aqui.

Para mim a consciência, deliberadamente pouco confrontada, da tua ausência define-me a tua presença, não permanente mas de uma constância suficiente.

As tuas marcas, as pegadas que deixaste na minha alma, os teus indícios de vida profusamente espalhados nos nossos espaços que eram teus, asseguram o teu “estar”.

Há sempre a saudade, às vezes terna outras vezes brutal, dependendo do tempo, do modo e da circunstância.

Há sempre a sensação de que ao muito que conversamos poderíamos ter acrescentado mais algumas frases e ao que discordamos um pouco mais de compreensão. Mas é uma sensação que não é angustiante, porque sangue do mesmo sangue e carne da mesma carne, sabem muito mais um do outro daquilo que partilham e tu, com paciência e muito amor, moldaste muito a forma dos meus fundamentos o que te dá sobre mim uma certeza quase certa.

Eu em relação a ti estou em paz, e sinto que em relação a mim também estás.

Mas fazes-me falta.

domingo, 8 de julho de 2007



O PP de Paulo Portas...

...e porque de repente dele me lembrei...um dos filmes "da minha vida"..


WINGS OF DESIRE

1987

Director:Wim Wenders

Screenplay:Wim WendersPeter Handke

Director of Photography:Henri Alekan

Editor:Peter Przygodda

Music:Jürgen Knieper

Production Design:Heidi Lüdi

Cast:Bruno GanzSolveig DommartinOtto SanderCurt BoisPeter Falk

Festivals/Awards:1987 Cannes (Best Director)1987 Gildepreis in Silver (Best German Film)1988 FELIX, European Film Prize (Best Director)1988 German Film Prize in Gold(Best Director)1988 Bavarian Film Prize(Director)Producers:Wim WendersAnatole Dauman Production:Road Movies Filmproduktion/BerlinArgos Films/Paris
Length:128 min.
Format: 35mmB&W and Colour
Original Title: Der Himmel über Berlin
Original Language:German


"...The sky over Wenders' war-scarred Berlin is full of gentle, trenchcoated angels who listen to the tortured thoughts of mortals and try to comfort them. One, Damiel (Bruno Ganz), wishes to become mortal after falling in love with a beautiful trapeze artist, Marion (Solveig Dommartin). Peter Falk, as himself, assists in the transformation by explaining the simple joys of a human experience, such as the sublime combination of coffee and cigarettes.
Told from the angel's point of view, the film is shot in black and white, blossoming into color only when the angels perceive the realities of humankind. Ultimately, Damiel determines that he must experience humanity in full, and breaks through in to the real world to pursue a life with Marion..."

sexta-feira, 6 de julho de 2007

...pequeno mas suficientemente chato apontamento sobre a natureza humana e o riso...


Da natureza humana e do riso.

Referimo-nos à natureza humana, apesar de não ser do ponto de vista semântico um paradigma da perfeição, como algo distintivo de outras naturezas, como por exemplo a dita animal, a vegetal, a mineral, etc.
À partida todos os seres humanos sabem o que é a natureza humana, tanto mais não seja por confronto ou contraponto com as demais. Além do mais é, também, do senso comum, que apenas somente os seres humanos conseguem caracterizar a sua natureza e as demais. Este facto é, de per si, um feito de relevantíssima importância, e um feito que demorou tempo e deu trabalho. O primeiro Homo Sapiens sapiens não o conseguia ou, pelo menos, não sabia que o conseguia.
Sabemos todos, com maior ou menor conhecimento, o que é a natureza humana. Sabemos que é essa natureza que nos permite rir. Nenhum membro de quaisquer das outras naturezas consegue rir. Já em relação ao chorar não há assim tantas certezas.
Rir é, muito provavelmente, o melhor atestado de humanidade, o que para o bem e para o mal, não deixa de ter a sua graça.
Mas o rir, esse atributo exclusivamente humano, não é o mesmo do que a gargalhada fisiológica, aquela que resulta, por exemplo, da cócega. Gargalhar por causa de uma cócega até os primos macacos o fazem.
Rir é bem outra coisa.
A sua origem ou melhor dizendo a sua central produtora é muito duvidosa. Uns sediam o riso na alma, outros na inteligência e ainda há aqueles que dizem que o riso é uma mera reacção química.
Não considero essa discussão muito importante. Seja qual for a sua origem o facto que o riso existe e manifesta-se.
Mas o rir propriamente dito também não é igual, ou por outra há risos mais fáceis do que outros e há risos mais complexos e elaborados quanto à sua causa.
Há causas que dão vontade de rir a toda a gente, são assim uma espécie de causas universais. A título de exemplo, excepto, muito provavelmente, a própria, toda a gente ri do tombo estatelante de uma freira.
Tenho para mim que o riso mais difícil e elaborado é o conseguirmos rir de e por causa de nós mesmo…

quinta-feira, 5 de julho de 2007