quinta-feira, 30 de abril de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

...memórias de tempos pardos...


"O que a Censura cortou"
CASTANHEIRA, José Pedro
Expresso, Abril de 2009 (9,90 euros)


Um excelente documento sobre os atentados à liberdade de expressão e de imprensa cometidos pelo Estado Novo.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

...uma recordação de quase 35 anos

Está quase a fazer 35 anos o único dia em que o meu pai pôs os pés numa escola em que eu fui aluno (tinha eu 9 anos e frequentava a quarta-classe).
Foi numa manhã de quinta-feira e foi-me buscar.
Há datas que não se esquecem.....:)))))))

sábado, 18 de abril de 2009

...28º fazer a festa....


Este ano e excepcionalmente, o 28º Festival Fazer a Festa, uma iniciativa da Companhia de Teatro Art'Imagem, realiza-se na Maia, na Quinta da Caverneira (Águas Santas).
Este Festival, normalmente realizado cidade do Porto, é o terceiro festival de teatro mais antigo do País, e por ele têm passado importantíssimas companhias e grupos de teatro nacionais e estrangeiros.
Esta deslocação para a Maia de um dos mais prestigiados acontecimentos culturais da Invicta, representa um acto de coragem por parte da Companhia organizadora, que não tendo condições para o realizar no seu espaço tradicional, preferiu realizá-lo noutro lado em vez de o interromper.

terça-feira, 14 de abril de 2009

...rangel uma boa escolha....

A escolha de Paulo Rangel como cabeça da lista do PSD ao Parlamento Europeu não deixa de ser uma surpresa.
O mais provável seria que outros fossem escolhidos, como por exemplo Marques Mendes, até porque Rangel é o líder parlamentar do referido partido.
No entanto, é uma aposta corajosa por parte de Manuela Ferreira Leite e a certeza que os portugueses terão no cabeça de lista do PSD um deputado europeu sério, competente e muito inteligente.
Perante a fraquíssima escolha que o PS fez para seu cabeça de lista, seleccionando Vital Moreira, que não é capaz sequer de assegurar a unanimidade de apoio dentro das próprias hostes socialistas, e além do mais é um arrogante, facto que a sua frase de campanha - “nós, europeus” – tão bem exemplifica e politicamente muito fraco (basta ver o desmentido que obrigou Sócrates a fazer a propósito da recandidatura de Durão Barroso a presidente da Comissão Europeia) e perante a paupérrima escolha efectuada pelo PP em relação ao cabeça de lista para o citado acto eleitoral, escolha da responsabilidade directa do Dr. Portas, e que mais não é do que uma revanche de muito mau gosto em relação a Ribeiro e Castro, o que revela a “pessoalização” crescente do dito partido e seu o estreitar da capacidade de seduzir quadros prestigiados para as gestas importantes, o Dr. Paulo Rangel surge como o cabeça de lista mais capaz para seduzir o eleitorado português.
Eu, que sou um europeu pelo simples facto de ser português, e que considero que é crescentemente necessário que o nosso País tenha vozes avisadas em todas as instâncias da União, votarei nele sem qualquer rebuço.

sábado, 11 de abril de 2009

...(im)pureza de sangue, adn(s) e parvoices sionistícas...

Acabei de ver num dos canais televisivos uma “peça” em que se afirmava que cerca de 30% dos portugueses terá “sangue” judeu, sefardita para ser mais preciso, conclusão obtida através de um estudo genético. E depois?Nós, os portugueses de gema, somos um verdadeiro caldinho. Temos sangue celta, fenício, grego, romano, árabe, negro, asiático e índio - além de outros de proveniência desconhecida e provavelmente muito pouco recomendável.
Tudo bem misturadinho, deu esta espécie de homo sapiens sapiens mediterrânico caucasiano muito estranha.
Na dita peça o que mais me incomodou foi a afirmação de um burocrata israelita, a propósito dessa partilha de ADN, que o Estado de Israel tem muito interesse em estreitar “relações” com os Portugueses. Pois, para mim que sou Português, seria muito mais interessante poder estreitar relações com judeus israelitas e com árabes palestinianos, enquadrados pelos respectivos estados, mas infelizmente isso não é possível: ainda não há um Estado Palestiniano.
Pessoalmente acho uma enorme treta essa coisa do “sangue judeu”, que alguns judeus tanto gostam de apregoar. Parece-me sempre que já se esqueceram de um traste que lhes fez a vida num inferno por causa do “sangue ariano”.
É como a conversa do “Povo Eleito”. Esse arrazoado judaico soa-me sempre a racismo, e se vem acompanhado por aquele chapelinho ridículo e aquelas barbas de péssimo aspecto, é algo verdadeiramente assustador.
Por analogia, a palermice do “Povo Eleito” faz-me lembrar o cómico do Bush mais os Evangélicos e Cristãos Renascidos, e a Guerra Santa contra o Eixo do Mal, acrescido da teoria criacionista reintroduzida em muitos dos estabelecimentos de ensino nos “States”. Uma tragicomédia.
Sangues disto e daquilo, Povos e Terras Prometidas são, muito provavelmente, as balelas que mais mortes inocentes têm provocado ao longo da História.
Por isso “metam” os estudos de ADN num certo sítio que eu cá sei e tratem mas é de serem felizes, e façam o favor de me deixarem em paz com o meu sangue que é uma espécie de albergue espanhol linfático.

...boa páscoa...


terça-feira, 7 de abril de 2009

...tome nota: nunca durma antes do jantar....

Às vezes é péssimo dormir um pouco antes do jantar. É um sono desregrado, propício a pesadelos. Hoje adormeci antes do jantar e tive um pesadelo. Nesse pesadelo apareceu-me uma velhinha que sentada num cadeirão com almofadas floridas, tricotando, desatou com a seguinte lengalenga:

O verdadeiro poder do mundo tem sede incerta, centros e sucursais ocultas. Desenganem-se todos aqueles que acreditam que o dito reside nos órgãos dos estados ou de blocos de estados. O que aí reside não é o poder mas sim as suas manifestações convenientes, adequadas ao sossegar das massas a que nós, comuns mortais, pertencemos.
O poder situa-se nos “inner circles” do poder que são os conselhos restritos das multinacionais, as cúpulas das sociedades secretas e dos clubes exclusivos e demais “capelas” exclusivas. Esta contestação não resulta de uma qualquer mania da conspiração mas sim da própria análise assente num correctíssimo processo empírico.
Em Portugal, para além dos poderes do estado consagrados na Constituição da República, existem outros, muito mais poderosos, cujas imprevistas e indesejáveis manifestações públicas ocorrem de vez em quando. Refiro-me ao poder das lojas maçónicas, a poder de certos grupos religiosos institucionalizados, ao poder de certas oligarquias empresariais. Esses poderes do “inner circle” do nosso poder formal e constitucional são transversais a todos os sectores da sociedade. Condicionam o poder político face ao poder económico, condicionam o poder judicial aos dois anteriores, numa espécie de dança muito silenciosa, porém muito remexida.
Se estivermos todos com atenção, e nos lembrarmos da caverna de Platão e no poder do reflexo, podemos vislumbrar alguns rostos. Rostos que são, sem qualquer dúvida, rostos mais chegados desses poderes do “inner circle” do poder. Aparecem sempre, há anos que aparecem sempre. Uns vindos do exílio, outros de Angola e Moçambique, outros ainda – bastantes – de Macau.
São esses os capos-comissionistas dos verdadeiros detentores do poder (o País é pequeno, não tem condições propícias à domiciliação de “Dons”).”


Acordei estremunhado e muito mal-disposto.

sábado, 4 de abril de 2009

...anormalidade isaltínica...

Segundo me tenho apercebido pela comunicação social, o Dr. Isaltino de Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras e ex-ministro de um governo português, não teve presente, ao longo da sua vida, os seus deveres fiscais enquanto cidadão, considerou vulgar receber donativos de empreiteiros e afirmou ser “normal” depositar em contas no estrangeiro “sobras” de dinheiro para campanhas eleitorais.Além de não haver qualquer normalidade nem nos actos nem nas omissões, cometidos e praticadas pelo Dr. Isaltino de Morais, tudo isso mete nojo. Mete, mesmo, muito nojo.O que eu gostava mesmo é que o Dr. Isaltino de Morais, que ao que parece até fez umas coisas em benefício do Concelho de Oeiras, deixasse de ser Autarca e revelasse, com essa decisão, um minúsculo pingo de consciência cívica, compreendendo que apesar de até poder continuar a ter condições objectivas, no plano legal, de continuar a exercer o mandato para o qual foi eleito, não possui as mínimas condições éticas e morais de o poder fazer. Do ponto de vista da cidadania não há apenas o plano jurídico – há imensos actos lícitos praticados que mais não servem para camuflar um acto ilícito -, há também – e sobretudo – plano ético e moral.
Para se ser autarca , não é preciso ser extraordinário, nem santo, nem um exemplo de bondade, mas é absolutamente essencial que sejamos decentes. Decentes na forma como agimos e interagimos publicamente, decentes como encaramos e exercemos o poder - "em representação de" - que nos foi CIRCUNSTANCIALMENTE delegado. É essa (a decência), na minha opinião, a condição essencial para se poder ser autarca - e já agora deputado, ministro, magistrado, etc -, condição que me parece, claramente me parece, que o Dr. Isaltino de Morais não parece ter.
Aproveito para dizer que considero fundamental para o Estado de Direito que o "enriquecimento ilícito" seja criminalizado.