segunda-feira, 30 de abril de 2007
domingo, 29 de abril de 2007
quarta-feira, 25 de abril de 2007
O lápis azul.......
segunda-feira, 23 de abril de 2007
domingo, 22 de abril de 2007
Porque hoje é dia da TERRA...
Though you look so impassive, ample and spheric there,
I now suspect that is not all;
I now suspect there is something fierce in you, eligible to burst
forth;
For an athlete is enamour'd of me--and I of him;
But toward him there is something fierce and terrible in me, eligible
to burst forth,
I dare not tell it in words--not even in these songs.
Walt Whitman
When Earth's last picture is painted
And the tubes are twisted and dried
When the oldest colors have faded
And the youngest critic has died
We shall rest, and faith, we shall need it
Lie down for an aeon or two
'Till the Master of all good workmen
Shall put us to work anew
And those that were good shall be happy
They'll sit in a golden chair
They'll splash at a ten league canvas
With brushes of comet's hair
They'll find real saints to draw from
Magdalene, Peter, and Paul
They'll work for an age at a sitting
And never be tired at all.
And only the Master shall praise us.
And only the Master shall blame.
And no one will work for the money.
No one will work for the fame.
But each for the joy of the working,
And each, in his separate star,
Will draw the thing as he sees it.
For the God of things as they are!
Rudyard Kipling
"Take the world!" Zeus exclaimed from his throne in the skies
To the children of man--"take the world I now give;
It shall ever remain as your heirloom and prize,
So divide it as brothers, and happily live."
Then all who had hands sought their share to obtain,
The young and the aged made haste to appear;
The husbandman seized on the fruits of the plain,
The youth through the forest pursued the fleet deer.
The merchant took all that his warehouse could hold,
The abbot selected the last year's best wine,
The king barred the bridges,--the highways controlled,
And said, "Now remember, the tithes shall be mine!"
But when the division long-settled had been,
The poet drew nigh from a far distant land;
But alas! not a remnant was now to be seen,
Each thing on the earth owned a master's command.
"Alas! shall then I, of thy sons the most true,--
Shall I, 'mongst them all, be forgotten alone?"
Thus loudly he cried in his anguish, and threw
Himself in despair before Jupiter's throne.
"If thou in the region of dreams didst delay,
Complain not of me," the Immortal replied;
"When the world was apportioned, where then wert thou, pray?"
"I was," said the poet, "I was--by thy side!"
"Mine eye was then fixed on thy features so bright,
Mine ear was entranced by thy harmony's power;
Oh, pardon the spirit that, awed by thy light,
All things of the earth could forget in that hour!"
"What to do?" Zeus exclaimed,--"for the world has been given;
The harvest, the market, the chase, are not free;
But if thou with me wilt abide in my heaven,
Whenever thou comest, 'twill be open to thee!"
Friedrich von Schiller
apesar de não gostar particularmente dos seus trabalhos mas porque falei em Diego Rivera...
outro de quem gosto muito....
”El arte de Diego Rivera constituyó uno de los pilares sobre los que habría de asentarse uno de los más pujantes movimientos de la pintura americana: el muralismo mexicano. Su arte depende en gran manera de un vocabulario surgido de una mezcla de Gauguin y la escultura azteca y maya. Realizó una obra vastísima como muralista, dibujante, ilustrador y escritor, desarrollando al mismo tiempo actividad política. Diego Rivera, en formas simplificadas y con vivo colorido, rescató bellamente el pasado precolombino, al igual que los momentos más significativos de la historia mexicana: la tierra, el campesino y el obrero; las costumbres, y el carácter popular. La aportación de la obra de Diego Rivera al arte mexicano moderno fue decisiva en murales y obras de caballete; fue un pintor revolucionario que buscaba llevar el arte al gran público, a la calle y a los edificios, manejando un lenguaje preciso y directo con un estilo realista, pleno de contenido social. Paralelamente a su esfuerzo creador, Diego Rivera desplegó actividad docente en su país, y reunió una magnífica colección de arte popular mexicano.”
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Dia Internacional da Liberdade de Imprensa - 3 de Maio
El próximo 3 de mayo, el Día Internacional de la Libertad de Prensa, decenas de periodistas y ciberdisidentes seguirán en diferentes cárceles del mundo por haber ejercido su derecho a expresar su opinión. Esta amenaza también pesa sobre multitud de artistas. En Amnistía Internacional estamos decididos a combatir para que nadie pueda amordazar sus palabras. Por eso hemos creado la colección Arte Implicado y te invitamos a conocerla ahora. ¡Espero que te guste!
Esteban Beltrán
quarta-feira, 18 de abril de 2007
ora vamos lá espreitar que vale a pena
Wallpaper* is once again hosting a ground-breaking exhibition to coincide with Milan's Salone del Mobile, and this year it is the Wallpaper* EcoEdit, an exhibition of the best eco innovations on the planet.
Can environmentally friendly design be good design? Or rather, can design that doesn't have environmental impact as a key concern ever be considered good design? This is the most important debate in contemporary design and Wallpaper's EcoEdit is an essential and comprehensive take on how designers are facing up to these challenges.
Wallpaper* has uncovered 101 beautiful, innovative but environmentally friendly designs - from the worlds of architecture, beauty, fashion, food, packaging, product design, transport and travel - from all over the world. This is a global concern and we have created a truly global experience.
There is a sense of purity and integrity consistent throughout our selection. Many of the creators we feature are individual pioneers or small businesses. But there are also a growing number of more powerful brands, for whom becoming green is, arguably, a more difficult proposition, that are emerging strong and steadfast in this field.
From a global fashion retailer to a manufacturer of biodegradable coconut boxes, from a high-end spa that draws luxury from its surroundings to a sustainable housing development in the Bronx: the overriding message from our EcoEdit is that creativity and conscience work exceptionally well together. Eco-chic is about indulgence and pleasure as well as getting to grips with some of the world's bigger issues. One of the most pleasing elements of researching all 101 exhibits, was seeing how the addition of eco credentials to good design resulted in concepts that worked even harder.
Eco-brilliance is flourishing. Enjoy the show.
Quem conta um conto...O velho de Miss Rose Deepcut
Corpo sentado em cadeira de plástico, bebericando e buscando nenhum outro sentido que não o fresco, deixando os olhos repousar, indolentes, nos passeantes da marginal, imaginando no entanto a vista para além deles, a imensa tela chamada mar, que desta vez seria tão azul, fazendo do horizonte uma mera linha esbatida com o céu.
Pensava e o pensamento tem coisas curiosas, permite-nos pensar o que se pensa, pensando em paralelo. Pensamos o longe, pensando o perto, pensamos o passado, pensando o presente. O futuro, bem o futuro pode ser pensado, mas a deus pertence.
Passado. O seu passado, nesse fim de tarde de verão, só oferecia ecos. Ecos de risos, ecos de passos corridos sobre asfalto semi-derretido e pegajoso, daquela estrada interior da vilória atlântica que servia para passar férias.
Tempos de Lawrence da Arábia no areal deserto da praia e de Robin dos Bosques nas matas vizinhas.
Tempos do tudo possível, das cronologias fantásticas, dos heróis míticos.
Tempos da absoluta importância, de tanta coisa que o tempo, estupidamente, fez desvalorizar.
Aquele seu corpo sentado na cadeira de plástico era matreiro. Matreiro na medida em que o seu evidente uso, abuso e desgaste, ocultava o sentir da intemporalidade, apenas possível a quem ao longo da vida, na verdade, viveu.
Essa matreirice era tanto ao mais pantomineira quantos todos sabemos, ou deveríamos saber, que o intemporal é sempre novo.
De repente, o passado que ecoava no pensamento paralelo desvaneceu-se, sendo substituído pela acre e fresca sensação do gin.
Desde que se lembrava a beber, sempre tinha preferido essa bebida. Aquela espécie de sabor a perfume constantemente o divertia, persistindo-lhe em trazer dos confins da memória uma mulher imaginada. Uma velha cabra inglesa, na vida entre trejeitos de lady e de puta, má, calculista, arrivista, desavergonhada, mas estranhamente sadia.
Essa mulher que desde os tempos dos primeiros copos, e que o acompanhava logo a partir do primeiro gole de gin, transformou-se numa companheira de sempre.
Arranjou-lhe um nome. Chamou-lhe Miss Rose Deepcut.
Miss Rose Deepcut, reconhecia intimamente aquele corpo matreiro, foi a sua melhor confidente da vida. Foi a ela que tudo contou. Um tudo mesmo cheio de tudo: vitórias e derrotas, paixões e ódios, amores e desamores, os “aquilo é que foi” e até mesmo todos os “assim assim”.
Miss Rose Deepcut sabia hoje mais de si mesmo do que ele próprio, já que, ao contrário dele, de nada se tinha esquecido.
Miss Rose Deepcut, nessa tarde de estio, de dentro dele olhou-o e teve pena.
Teve pena porque ela sabia que a intemporalidade era uma farsa, e que a matreirice era isso mesmo: uma matreirice. Uma matreirice de velho.
Um velho que não veria outra tarde e que urgia que partisse a sorrir.
Então Miss Rose Deepcut decidiu. Decidiu contar ao velho, muito daquilo que o velho já se tinha esquecido ou sobre as quais já não detinha qualquer certeza.
Se como afirma Clement a Razão é a rameira do Diabo, então é certo ser sua partida o facto de que quando se chega a certa idade não se ter quase nenhuma certeza, fazendo o confronto quotidiano com isso mesmo a realidade mais palpável, o que se torna, de certa forma doloroso, quando se viveu anos e anos dono e senhor de algumas certezas profundas, absolutas e imaginadas inabaláveis.
Reflectindo melhor, a expressão correcta nem sequer é “doloroso”, mas sim desconcertante, e a dor advém, talvez, do desequilíbrio que essa perda de escoras consideradas fidelíssimas, dessas amarras sólidas, provoca, e a Miss Rose Deepcut sabia isso exactamente, e sabendo, à laia de consolo, pôs-se a recuperar-lhe o fio à meada que tinha sido a sua vida, ou pelo menos desenvencilhá-la aqui e ali.
Começou exactamente por aquela distante noite de passagem de ano, do ano em que o velho, sabe-se lá porquê, tinha decidido ser a exacta metade da sua vida, confiando, como sempre foi seu timbre, mais na sorte do que na medicina.
Miss Rose Deepcut tinha consciência que mais valia contar o que havia a contar cá da frente lá para trás, mas como sempre foi teimosa, ferrou-se no facto que apesar de meia vida de respiração ser tempo escasso para biografia, contrapôs a si mesma que contava a vida a quem a viveu, a quem carregava em si mesmo não a insustentável leveza do ser, que Kundera imortalizou, mas naquele caso particular, a insustentável leveza de todos os minutos já consumidos, excepto os do tempo do útero e do seio, que nem ela se lembrava, porque nunca tinha sabido, e como tudo na vida, se não lembra, não pesa.