domingo, 21 de junho de 2009

...sons de outrora...

Os nossos hinos velhinhos...antes da "Portuguesa"
O Hino da Carta, hino nacional entre 1834 e 1910, composto por D. Pedro IV.
Ouvir AQUI.
O Hino da Maria da Fonte, composto por Frondoni em plena Revolução da Maria da Fonte, transformou-se no Hino do Partido Progressista.
Ouvir AQUI.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

...mediocritas lusitanae...


Estou convencido que a característica que mais sobressai nos Portugueses de hoje é a mediocridade. Não somos genericamente maus e poucos são os que efectivamente são muito maus. Somos medíocres.
Esta mediocridade não é, infelizmente, uma pecha nacional. Os restantes nacionais de outros países, europeus ou não, também o são.
A única diferença que, a esse nível, nos distingue dos demais, uma única mas que no entanto é uma diferença que faz toda a diferença, é que os outros não gostam de ser medíocres, tentam ser melhores e prezam os melhores. Os Portugueses não. Os Portugueses adoram a sua mediocridade e odeiam todos aqueles, quer por uma razão ou por outra, cometem a verdadeira heresia de serem melhores que os demais. Esse ódio é tão intenso e tão visível que, na maior partes das vezes, os melhores a ele cedem e optam, deliberadamente, por serem medíocres. A bem da sua paz de espírito e da sua sanidade mental. O que é uma pena.

...vinte anos depois, cavaco e salgueiro maia...


Há vinte anos o Primeiro Ministro Aníbal Cavaco Silva recusou uma pensão por serviços extraordinários a Salgueiro Maia, que na altura estava gravemente doente, tendo falecido pouco depois.
No passado dia dez de Junho, Dia de Portugal, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, em Santarém, prestou uma homenagem a Salgueiro Maia enquanto exemplo de liberdade e coragem.
É por essas e por outras do género que eu fico contente por jamais ter votado no cidadão Aníbal Cavaco Silva para o quer que fosse. E não votarei.

terça-feira, 9 de junho de 2009

...é serviço de Portugal. E tem que se cumprir...


"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir." (D. Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, Junho de 1776).

Josepho I / Luzitaniae et Braziliae Rege Fidelissimo / LUDIVICUS ALBUQUERQUIUS A MELLO PARERIUS CACERES / Regiae Majestatis a Concillis / Amplissimae Hujus Matto Grosso Provinciae / Gobernator ac Dux Supremus / Ipsius Fidelissimae Regis Nutu / Sub Augustissimo Beirensis Principis Nomine / Solidum Hujus Arcis Fundamentum Jaciendum / Curavit / Et Primus Lapidem Posuit / ANNO CHRISTI MDCCLXXVI / DIE XX MENSIS JUNII [Sendo José I, Rei Fidelíssimo de Portugal e do Brasil, Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, por escolha da Majestade Real, Governador e Capitão-General desta vastíssima Província do Mato Grosso, planejou para ser construída a sólida fundação desta Fortaleza sob o Augustissimo nome do Príncipe da Beira com o consentimento daquele Rei Fidelíssimo e colocou a primeira pedra no dia 20 do mês de junho do ano de Cristo de 1776]

“O Real Forte do Príncipe da Beira, também conhecido como Fortaleza do Príncipe da Beira, localiza-se na margem direita do rio Guaporé, atual Guajará-Mirim, no município de Costa Marques, estado de Rondônia, no Brasil.
Em posição dominante na fronteira com a Bolívia, esta fortaleza é considerada uma das maiores edificadas pela Engenharia Militar portuguesa no Brasil Colonial, fruto da política pombalina de limites com a coroa espanhola na América do Sul, definida pelos tratados firmados entre as duas coroas entre 1750 e 1777.”


Este Real Forte do Príncipe da Beira, construído em “pedra e cal” nos confins da Amazónia (onde não havia nem pedra nem cal) lança-nos à cara, violenta e brutalmente, o que nós deveríamos ser hoje, porque fomos e já não somos. Fomos um Povo pobre, de pouca almas, que nos refizemos nas sete partilhas. Com suor, sangue e muitas lágrimas, construímos Príncipes da Beira e muitas cidades pelo mundo, com engenho, arte e muita – ai tanta - coragem. Porque era “serviço de Portugal” e tinha-se que cumprir.
Desgraçadamente esquecemo-nos que somos herdeiros de “tal gente”. E hoje não era preciso que construíssemos fortes ou salgássemos o mar com as lágrimas de Portugal, bastaria que fizéssemos um País de jeito, um País em que os nossos tetranetos pudessem ter o mesmo orgulho e comoção que eu tenho a olhar e perceber o Real Forte do Príncipe da Beira.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

...in america...










Fui visitar a terra do Tio Sam. Fui à América profunda e à capital do mundo, New York.
A América profunda está em crise e muito obesa.
New York está muito limpa e a viver como sempre. A viver como se fosse uma América que não é da América. E não é. New York é do mundo inteiro e o mundo inteiro é de New York.
O mesmo mundo inteiro que se pasma a olhar para o “Ground Zero” e que pensa como foi possível. Basta olhar para os prédios à sua volta e imaginar gente, em desespero, a saltar das janelas para se ter uma ideia aproximada do terror.
Quanto ao demais há um Presidente quase negro, chamado Barak Hussein Obama e muitos e muitos negros a porteiros, lixeiros e engraxadores.
E há uma América WASP, rosada, cristã em todas as paletas do cristianismo a acreditar na Arca do Noé e em Adão e Eva.
Uma América WASP que não tarda não terá fast food para encher os dilatados estômagos e que muito provavelmente se questionará o que é que faz um Obama no Gabinete Oval.