Perante os acontecimentos da Bela Vista há uma exigência a fazer e uma reflexão que se impõe. A exigência é que as forças da ordem, com a colaboração das autoridades judiciais, reponha com a urgência possível e usando os meios adequados a legalidade democrática. A reflexão relaciona-se com os efeitos corrosivos, crescentes, da crise económica e claramente social em que vivemos.
O queimar carros e demais destruição de património, público e privado, a agressão a polícias, o colocar populações inteiras em estado de sítio e outras malfeitorias não são resposta tolerável a nenhuma angústia social, mas não deixam de ser um sintoma muito claro que é necessário fazer mais e se calhar fazer muito diferente.
A sociedade não pode meter para debaixo do tapete, ou fingir que não vê, estes fenómenos, nem sequer pode – ou deve – partir do princípio que são problemas específicos de bairros sociais. Não são. São problemas específicos de todo o País e são problemas que se podem alastrar a grande velocidade.
Para além de uma reforma legislativa urgente, que endureça penas e agilize o funcionamento dos Tribunais – necessidade cada vez mais absoluta – é necessário adoptar novos mecanismos de solidariedade social, que assentem num princípio simples: quem mais tem, deve partilhar muito mais. Esta obrigatoriedade da partilha não é apenas responsabilidade do Estado ou dos Cidadãos. É também responsabilidade de instituições como as empresas, sobretudo aquelas que continuam a ter lucros fabulosos.
Parte desses lucros devem ser canalizados, e depressa, para as franjas mais debilitadas da sociedade. Refiro-me a empresas como a EDP e a GALP cujos os lucros são de tal maneira grandes que raiam a obscenidade tendo em conta os preços que praticam aos consumidores. Mas também a Banca, as Seguradoras e as Farmacêuticas devem contribuir – voluntariamente ou por imperativo legal.
Muito mais importante do que o “regular funcionamento do mercado” (que como se tem comprovado de regular pouco tem) é o “regular funcionamento da sociedade”.
O queimar carros e demais destruição de património, público e privado, a agressão a polícias, o colocar populações inteiras em estado de sítio e outras malfeitorias não são resposta tolerável a nenhuma angústia social, mas não deixam de ser um sintoma muito claro que é necessário fazer mais e se calhar fazer muito diferente.
A sociedade não pode meter para debaixo do tapete, ou fingir que não vê, estes fenómenos, nem sequer pode – ou deve – partir do princípio que são problemas específicos de bairros sociais. Não são. São problemas específicos de todo o País e são problemas que se podem alastrar a grande velocidade.
Para além de uma reforma legislativa urgente, que endureça penas e agilize o funcionamento dos Tribunais – necessidade cada vez mais absoluta – é necessário adoptar novos mecanismos de solidariedade social, que assentem num princípio simples: quem mais tem, deve partilhar muito mais. Esta obrigatoriedade da partilha não é apenas responsabilidade do Estado ou dos Cidadãos. É também responsabilidade de instituições como as empresas, sobretudo aquelas que continuam a ter lucros fabulosos.
Parte desses lucros devem ser canalizados, e depressa, para as franjas mais debilitadas da sociedade. Refiro-me a empresas como a EDP e a GALP cujos os lucros são de tal maneira grandes que raiam a obscenidade tendo em conta os preços que praticam aos consumidores. Mas também a Banca, as Seguradoras e as Farmacêuticas devem contribuir – voluntariamente ou por imperativo legal.
Muito mais importante do que o “regular funcionamento do mercado” (que como se tem comprovado de regular pouco tem) é o “regular funcionamento da sociedade”.
1 comentário:
Acho que vou citar-te muitas vezes:
"Muito mais importante do que o “regular funcionamento do mercado” (que como se tem comprovado de regular pouco tem) é o “regular funcionamento da sociedade”." Valeu!
: ))
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