Eu não acredito em tentativas de suicídio. Acredito no suicídio. E acredito no suicídio como um acto de liberdade à disposição.
Tendo já reflectido bastante sobre a matéria, cheguei à conclusão que há uma ou duas situações que me poderiam facilmente levar-me a esse acto – a cegueira precoce, a incapacidade motora agravada ou o sentir-me responsável por dano gravíssimo sofrido por quem gosto.
Quanto às outras razões mais normais, como desgosto de amor, falências e outros casos, acho quase impossível das ditas enquanto motivos do meu ocaso deliberado. Sou demasiado teimoso-optimista para isso.
O único suicídio que me choca verdadeiramente é o suicídio adolescente. Choca-me porque é normalmente fruto da especificidade dramática dessa fase da vida, em que os problemas e as desilusões podem assumir proporções desmedidas, aliás como quase tudo nessa idade.
Os outros nem por isso.
Estou aliás convencido que, por regra, quem se mata não quer morrer. Apenas não quer viver a vida que tem. Ao suicidar-se não procura um ponto final mas sim uma inconfessada mudança de parágrafo.
Se um dia me suicidar – o que espero sinceramente não fazer – será de forma discreta, “clean”, de forma a dar pouco trabalho a quem cá fica…de preferência nenhum.
Sou em relação a essa matéria – e também em relação a muitas outras – muitíssimo romano. Para quem é livre não há becos sem saída nem penas longas impostas pelas agruras ou pelos outros. Para quem é livre há a escolha. Aceitá-las ou partir. Nem que seja para lado nenhum mas isso é matéria exclusivamente reservada para quem vai.
Tendo já reflectido bastante sobre a matéria, cheguei à conclusão que há uma ou duas situações que me poderiam facilmente levar-me a esse acto – a cegueira precoce, a incapacidade motora agravada ou o sentir-me responsável por dano gravíssimo sofrido por quem gosto.
Quanto às outras razões mais normais, como desgosto de amor, falências e outros casos, acho quase impossível das ditas enquanto motivos do meu ocaso deliberado. Sou demasiado teimoso-optimista para isso.
O único suicídio que me choca verdadeiramente é o suicídio adolescente. Choca-me porque é normalmente fruto da especificidade dramática dessa fase da vida, em que os problemas e as desilusões podem assumir proporções desmedidas, aliás como quase tudo nessa idade.
Os outros nem por isso.
Estou aliás convencido que, por regra, quem se mata não quer morrer. Apenas não quer viver a vida que tem. Ao suicidar-se não procura um ponto final mas sim uma inconfessada mudança de parágrafo.
Se um dia me suicidar – o que espero sinceramente não fazer – será de forma discreta, “clean”, de forma a dar pouco trabalho a quem cá fica…de preferência nenhum.
Sou em relação a essa matéria – e também em relação a muitas outras – muitíssimo romano. Para quem é livre não há becos sem saída nem penas longas impostas pelas agruras ou pelos outros. Para quem é livre há a escolha. Aceitá-las ou partir. Nem que seja para lado nenhum mas isso é matéria exclusivamente reservada para quem vai.
2 comentários:
Entendo!
:))
Concordo com quase tudo o que disse. E também no meu caso creio que muito poucas situações me levariam a pensar na possibilidade de suicídio mas julgo até que em nenhuma o concretizaria.
É um acto de liberdade, sem dúvida. Mas é também, na minha modesta opinião, um ato de covardia embora possa até parecer de coragem... É que é sempre muito difícil encarar problemas graves de frente e tentar resolvê-los. O suicídio é uma forma, não digo fácil, claro, mas que revela alguma fraqueza, desistência da vida.
Achei curioso o facto de ter pensado que, no caso de algum dia se suicidar (para longe vá o agoiro, como diria a avó Alice), o faria de forma "limpa". leva-me a crer que tem a sua vida toda pensada. mesmo aquilo que não pretende fazer.
É curioso!!
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