Naquele fim daquela fria tarde de Inverno, em que o vermelho do crepúsculo não se conseguia reflectir na neve encarnada de sangue, tropeçavam nos corpos esventrados dos homens e dos cavalos os que conseguiram furtar-se ao golpe certeiro da foice.
O cheiro quente das vísceras libertadas, misturado com odor acre da pólvora, os gritos dos feridos e os gemidos sem esperança dos moribundos, antecipavam aos crentes pecadores o infernal destino.
Batalha travada, batalha perdida, os estandartes sujos, esfarrapados e a glória para uns perdida e para outros desmascarada.
E a velha puta do regimento que ao chorar embalando o corpo mole e magro do pequeno tambor, chorava de graça em vez da Terra que não o sabe fazer já que todas as lágrimas foram reservadas pelo céu.
O cheiro quente das vísceras libertadas, misturado com odor acre da pólvora, os gritos dos feridos e os gemidos sem esperança dos moribundos, antecipavam aos crentes pecadores o infernal destino.
Batalha travada, batalha perdida, os estandartes sujos, esfarrapados e a glória para uns perdida e para outros desmascarada.
E a velha puta do regimento que ao chorar embalando o corpo mole e magro do pequeno tambor, chorava de graça em vez da Terra que não o sabe fazer já que todas as lágrimas foram reservadas pelo céu.
1 comentário:
Vim aqui e deparo-me com este pequeno conto.
Apetece esperar para ver se continua...
Gosto destes (des)apontamentos.
[BEIJO].............
Enviar um comentário