O que eu gostaria de escutar no dia em que partir...
terça-feira, 25 de agosto de 2009
...one day...it will be the day..and in that day I will have done everything my way...
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
...um bom amigo meu a cantar...
O Ervin é um amigo meu chileno...aqui canta com o seu filho no violoncelo.
domingo, 23 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
...nem todos somos einstein...
Naquela larga língua de areia,
ladeada por milho verde e mar de verdade,
guardada pelo velho forte,
bem mais novo que o céu azul que a cobre,
olhando num perto que parece longe,
o monte de amor, dor e morte,
em que se vislumbra um farol, que em bicos de pés,
espreita por cima das árvores para lá do horizonte,
num acertado, inequívoco e claro testemunho
de que o querer ver se conjuga com sofrer,
nessa praia que é de todos,
sinto um espaço meu de quase toda a minha vida,
e que bom seria que um dia,
no contra-ponto do primeiro
fosse de toda ela por inteiro.
ladeada por milho verde e mar de verdade,
guardada pelo velho forte,
bem mais novo que o céu azul que a cobre,
olhando num perto que parece longe,
o monte de amor, dor e morte,
em que se vislumbra um farol, que em bicos de pés,
espreita por cima das árvores para lá do horizonte,
num acertado, inequívoco e claro testemunho
de que o querer ver se conjuga com sofrer,
nessa praia que é de todos,
sinto um espaço meu de quase toda a minha vida,
e que bom seria que um dia,
no contra-ponto do primeiro
fosse de toda ela por inteiro.
Há locais que apesar de públicos ganham foros de propriedade na memória mais profunda das almas.
São aqueles sítios em que por uma qualquer razão nos enchemos de alegria e de tristeza por uma outra qualquer.
São espaços-âncora da nossa intima humanidade. Espaços que sem o saberem contribuíram para a solidez dos nossos alicerces, as escoras mais sólidas da casa que somos.
Nas areias referidas em epígrafe, “malatando-me”, eu fui verdadeiramente feliz, embora mal o soubesse nas respectivas ocasiões.
É curiosa a relação entre o espaço, o tempo e o sentir... e nem todos somos Einstein.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
...do ouro e do chumbo...
Nestes dias de sol de ouro não faz mal nenhum, como se fosse um beliscão dado por nós a nós mesmos, lembrarmos o plúmbeo da tristeza.
A tristeza provocada pela perda, a tristeza provocada pelas ilusões perdidas, a tristeza provocada pelos amores impossíveis, a tristeza provocada pelos enganos, nossos e aqueles para os quais nos arrastaram, a tristeza das feridas que apesar de fecharem deixam, para sempre, cicatrizes.
Há pessoas tristes e por o serem convivem, pelo hábito, melhor com a tristeza. No entanto, aqueles que não são tristes, quando a vida os leva a serem submergidos pela densa vaga da tristeza, ficam mil vezes mais infelizes por causa da tristeza em si mesma – e pelas suas causas – e também por não saberem viver com tristeza.
São como náufragos de si mesmo, perdidos no labirinto do não saber o que fazer, aterrorizados pela perspectiva de que mesmo que a tristeza se desvaneça não terem nem alento nem alma para por isso esperarem ou de deixarem de saber ser porque o triste que foram matou quem eram.
Por isso, perante a pujança do ouro não olvidemos o peso do chumbo.
A tristeza provocada pela perda, a tristeza provocada pelas ilusões perdidas, a tristeza provocada pelos amores impossíveis, a tristeza provocada pelos enganos, nossos e aqueles para os quais nos arrastaram, a tristeza das feridas que apesar de fecharem deixam, para sempre, cicatrizes.
Há pessoas tristes e por o serem convivem, pelo hábito, melhor com a tristeza. No entanto, aqueles que não são tristes, quando a vida os leva a serem submergidos pela densa vaga da tristeza, ficam mil vezes mais infelizes por causa da tristeza em si mesma – e pelas suas causas – e também por não saberem viver com tristeza.
São como náufragos de si mesmo, perdidos no labirinto do não saber o que fazer, aterrorizados pela perspectiva de que mesmo que a tristeza se desvaneça não terem nem alento nem alma para por isso esperarem ou de deixarem de saber ser porque o triste que foram matou quem eram.
Por isso, perante a pujança do ouro não olvidemos o peso do chumbo.
domingo, 16 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
...demora tempo...
Demora tempo a fazer um homem.
Demora tempo a fazer uma vida.
Demora tempo a saber dar colo a quem nos magoou.
Demora tempo a perceber o que somos e porque somos.
Demora tempo para se saber quais a lutas que valem a pena
e a saber quais são as inúteis e irrelevantes.
Demora tempo a despojar-nos do muito e a ficarmos só com o pouco que é imenso.
Demora tempo a serenar em plena borrasca.
Demora tempo…
O bom é que sobre tempo.
Algum tempo.
Demora tempo a fazer uma vida.
Demora tempo a saber dar colo a quem nos magoou.
Demora tempo a perceber o que somos e porque somos.
Demora tempo para se saber quais a lutas que valem a pena
e a saber quais são as inúteis e irrelevantes.
Demora tempo a despojar-nos do muito e a ficarmos só com o pouco que é imenso.
Demora tempo a serenar em plena borrasca.
Demora tempo…
O bom é que sobre tempo.
Algum tempo.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
...dezanove anos...
Faz hoje dezanove anos que por obra e vontade de dois a minha vida mudou definitivamente para melhor.
Parabéns filha e obrigado por tudo o quanto me tens dado.
És uma excelente filha e uma mulher muitíssimo interessante.
Para mim hás-de de ser sempre o meu novelo encaracolado que eu passeava ao colo e a quem apontava coisas novas que te explicava pouco preocupado que me entendesses ou não.
E a ti que comigo partilhas o trilho o meu eterno obrigado por seres o molde certo que ajudou a dar a consistência maior à filha que temos.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
...kumru...
Kumru…(AQUI)
A melodia sobe, desce, revolteia como uma folha ao sabor do vento,
Como o espírito que se exalta na alegria e se consome na negridão da tristeza
Como a vida com as suas boas e más surpresas,
Como o que restará de nós que é a consistência dos afectos que se tornaram eternos
Afectos umas vezes não percebidos, tantas vezes mal transmitidos,
em desencontros da imperfeição humana,
mas no entanto lá…sempre lá, ficando para os dias em que seremos pó como testemunho da nossa presença singular numa pluridade de dois.
A melodia fica…e o tempo nosso passa e há de se esgotar ,
e quando assim for
na hora,
mas no entanto lá…sempre lá, ficando para os dias em que seremos pó como testemunho da nossa presença singular numa pluridade de dois.
A melodia fica…e o tempo nosso passa e há de se esgotar ,
e quando assim for
na hora,
no minuto derradeiro,
quero na minha mão aquela mão de dedos esguios
que me fará sentir que tudo valeu a pena mesmo as mais duras penas
Kumru…caracóis revoltos, saia amarela em rodopio ao vento…Kumru.
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