“Completas hoje dezoito anos de idade. Significa que atingiste, formalmente, a tua cidadania plena. Cidadania que implica direitos e deveres. Perceberás, com o tempo, que os segundos são bem mais do que os primeiros e que - às vezes – os primeiros são mais difíceis de exercer do que os segundos, mas não é sobre isto que te quero escrever…
…é evidente que partilharás a tua vida com muitas dessas mesmas pessoas, mas isso é isso mesmo: a partilha de algo - ou partes de algo - que te pertence, a tua própria vida. Tu. Tu mesma com tudo o quanto és feita.
As tuas matrizes essenciais já estão formadas, foi essa a tarefa que eu – e a tua mãe – te ajudamos a construir. Mas essas matrizes, que são essenciais, são isso mesmo: matrizes, alicerces. E são excelentes os teus alicerces.
Mas os alicerces são escoras. São esteios de um edifício. O edifício que tu és hoje, para o bem e para o mal, a única arquitecta verdadeiramente importante.
Esse edifício, a tua vida, pode assumir muitas formas. Poderás controlar parte da sua própria configuração mas a outra parte, desde já te digo, será fruto do “tempo, do modo e de várias circunstâncias”, circunstâncias que muitas vezes te escaparão, mas esse bocado fará parte integrante do edifício.
O edifício que construirás – a tua vida – deve ser sólido, mas não significa que, muitas vezes, não sentirás que ele está preste a desmoronar-se. Isso acontecerá filha. Não uma nem duas vezes, acontecerá várias vezes e até pode ser que aconteça – em algumas delas – que até creias que o dito edifício vá mesmo cair, mas se tiveres a arte e o engenho de dares tempo ao tempo verás, não sem dor mas com alívio, que ele não cai.
A solidez que tens que dar ao teu edifício precisa de alguns bons materiais. Não são materiais excepcionais nem raros. Digo-te alguns: um permanente desejo de aprender, o uso da reflexão, o reconhecimento da importância do trabalho, a aplicação permanente da inteligência com que foste dotada e cultivaste, a coragem para as vezes fazer o mais difícil, o estar disponível para o belo – saber procurá-lo em tudo – e acima de tudo conseguires sempre continuar a gostar da vida……”
…é evidente que partilharás a tua vida com muitas dessas mesmas pessoas, mas isso é isso mesmo: a partilha de algo - ou partes de algo - que te pertence, a tua própria vida. Tu. Tu mesma com tudo o quanto és feita.
As tuas matrizes essenciais já estão formadas, foi essa a tarefa que eu – e a tua mãe – te ajudamos a construir. Mas essas matrizes, que são essenciais, são isso mesmo: matrizes, alicerces. E são excelentes os teus alicerces.
Mas os alicerces são escoras. São esteios de um edifício. O edifício que tu és hoje, para o bem e para o mal, a única arquitecta verdadeiramente importante.
Esse edifício, a tua vida, pode assumir muitas formas. Poderás controlar parte da sua própria configuração mas a outra parte, desde já te digo, será fruto do “tempo, do modo e de várias circunstâncias”, circunstâncias que muitas vezes te escaparão, mas esse bocado fará parte integrante do edifício.
O edifício que construirás – a tua vida – deve ser sólido, mas não significa que, muitas vezes, não sentirás que ele está preste a desmoronar-se. Isso acontecerá filha. Não uma nem duas vezes, acontecerá várias vezes e até pode ser que aconteça – em algumas delas – que até creias que o dito edifício vá mesmo cair, mas se tiveres a arte e o engenho de dares tempo ao tempo verás, não sem dor mas com alívio, que ele não cai.
A solidez que tens que dar ao teu edifício precisa de alguns bons materiais. Não são materiais excepcionais nem raros. Digo-te alguns: um permanente desejo de aprender, o uso da reflexão, o reconhecimento da importância do trabalho, a aplicação permanente da inteligência com que foste dotada e cultivaste, a coragem para as vezes fazer o mais difícil, o estar disponível para o belo – saber procurá-lo em tudo – e acima de tudo conseguires sempre continuar a gostar da vida……”
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