terça-feira, 10 de junho de 2008

...Viva o Dia da ex-Raça!...

A esquerda vodka-caviar deliciou-se com o lapso de Cavaco ao referir-se ao Dia de Portugal com o Dia da Raça. É evidente que foi um lapso provocado por anos e anos de hábito.
Não vejo nenhum mal ao mundo e mesmo no tempo em que o 10 de Junho era o Dia da Raça essa raça nunca foi de cariz étnica, sempre foi uma raça branca, negra, amarela e até vermelha. A questão da “Raça” era outra coisa, uma outra coisa própria de outros tempos e de outros pensares. Não se celebrava a cor da pele mas sim um sentir de Portugal, de Minho a Timor, celebrava-se uma raça de marinheiros e andarilhos, de heróis e missionários, uma raça de poetas e soldados.
Pode ser politicamente incorrecto – mas estou-me a marimbar para isso – mas prefiro mil vezes o espírito da comemoração do Dia da Raça do que a estopada de novos Comendadores de enfiada, o raminho no túmulo de Camões e a “ranchada” em todas as associações de emigrantes. Cada qual é como é e eu sou assim.

Viva o Dia da ex-Raça!

2 comentários:

Unknown disse...

Ora, foi depois do dito "lapso", que me recusei a ver mais noticiários dobre o 10 de Junho.
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Calei a televisão e achei por bem trabalhar um bocado.
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Qualquer dia deixo de ver noticiários, mesmo!
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[Beijo...]

Duarte disse...

Que maravilha!!!
Por fim encontrei um maiato, que pode entender aquelas coisas dos anos cinquenta. Não conhecia tal senhor, melhor dito, via-o, mas não sabia quem ele era. Infinitamente agradecido, pois desvendei, por fim, uma incógnita de há muito tempo.

Vou à Maia, e a Moreira, de longe em longe, mas pouco fica daquilo que convivi. Só Refunteira, e a zona da igreja de Moreira, parece que mantém o encanto das velhas terras da Maia.

Gosto do modo como explicas esse sentimento de raça que nos inculcaram então. Daquilo que nos impuseram como sentimento nacional. Hoje, longe daí, vejo-me abocado ao que vem de familiares e amigos, sem poder imitir um juízo de
valor ajustado ao conviver diário.

Obrigado por tudo