Confesso que o Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva tem-me surpreendido pela positiva enquanto Presidente da República, tendo em conta a forma como exerceu as funções de Primeiro Ministro. Considero que, de uma forma geral, tem contribuído para alguma réstia de sanidade do actual regime e que se tem controlado em relação a algum paternal autoritarismo que eventualmente lhe poderia ter ficado de outros tempos, se bem que foi esse mesmo paternal autoritarismo que o fez amado por tantos e que contribuiu para a sua vitória presidencial.
Considero que Cavaco neste universo de mediocridade até consegue ser o melhorzinho dos medíocres. Aproveito para declarar que nunca e em circunstância alguma votei nele, mas eu não votei mesmo ao contrário de muita gente que em tempos idos lhe concedeu a maioria absoluta e que depois afirmava a pés juntos “eu não votei nele, credo!”, fazendo-me muitas vezes pensar como é que o homem teria conseguida a tal maioria já que afinal ninguém tinha votado nele.
O discurso do dito no passado dia 25, além de ter contribuído para dar a ganhar algum dinheirito à Católica para produzir um estudo sobre coisas que toda a gente sabe, bastando não dormir o dia todo, esteve bem. Esteve à altura do palco, cenário, co-actores e maioria dos espectadores.
Foi desinteressante, lapalissiano.
Se o “Sôr” Senhor Presidente em vez de dizer que os “jovens não sabem nada sobre o 25 de Abril”, tivesse dito “os jovens não sabem nada sobre muito e muito pouco sobre pouquíssimo e eu, enquanto ex-Primeiro Ministro com maioria absoluta durante duas legislaturas, tenho muita vergonha sobre esta situação”, talvez me tivesse feito arrebitar a orelha que tapa o ouvido que melhor escuta e pensar cá comigo: “ora aí está um filho de boa gente”.
Mas não disse nada disso e a tal orelha – que por mero acaso é a esquerda – não se arrebitou.
Assim sendo, “lá vamos cantando e rindo….”.
Considero que Cavaco neste universo de mediocridade até consegue ser o melhorzinho dos medíocres. Aproveito para declarar que nunca e em circunstância alguma votei nele, mas eu não votei mesmo ao contrário de muita gente que em tempos idos lhe concedeu a maioria absoluta e que depois afirmava a pés juntos “eu não votei nele, credo!”, fazendo-me muitas vezes pensar como é que o homem teria conseguida a tal maioria já que afinal ninguém tinha votado nele.
O discurso do dito no passado dia 25, além de ter contribuído para dar a ganhar algum dinheirito à Católica para produzir um estudo sobre coisas que toda a gente sabe, bastando não dormir o dia todo, esteve bem. Esteve à altura do palco, cenário, co-actores e maioria dos espectadores.
Foi desinteressante, lapalissiano.
Se o “Sôr” Senhor Presidente em vez de dizer que os “jovens não sabem nada sobre o 25 de Abril”, tivesse dito “os jovens não sabem nada sobre muito e muito pouco sobre pouquíssimo e eu, enquanto ex-Primeiro Ministro com maioria absoluta durante duas legislaturas, tenho muita vergonha sobre esta situação”, talvez me tivesse feito arrebitar a orelha que tapa o ouvido que melhor escuta e pensar cá comigo: “ora aí está um filho de boa gente”.
Mas não disse nada disso e a tal orelha – que por mero acaso é a esquerda – não se arrebitou.
Assim sendo, “lá vamos cantando e rindo….”.
1 comentário:
excelente texto.
Vou copiá-lo
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