“Conta-me como foi” é uma série transmitida pela RTP1, segundo um formato que creio ser espanhol, e que relata a vida de uma família da dita “baixa classe média” nos fins dos anos sessenta, num Portugal pré-Abril, em plena “Primavera Marcelista”.
Esta série está, na minha opinião, muitíssimo bem realizada e excelentemente interpretada pelos actores de várias idades.
Retrata um modo, um tempo e umas circunstâncias que eu ainda vivi na primeira infância – quando se deu o 25 de Abril tinha nove anos -, altura em que se fixam para sempre em nós sons, cheiros e imagens.
Tenho tido o grande prazer de assistir à maior parte dos episódios na companhia da minha filha (17 anos) que gosta, também, muito da dita série, e que tem permitido, com a cumplicidade da mãe, conversas muito interessantes sobre política, filosofia, sociedade, publicidade e muitos outros aspectos, nomeadamente o grande contraste entre um tempo, que apesar de tudo, foi meu e o tempo que é dela.
No episódio de hoje, um dos assuntos abordados foi a chegada do Homem à Lua que, curiosamente, é a primeira transmissão televisiva de que me recordo. Lembro-me perfeitamente de estar a assistir a isso, dos “xxxxxxisssssss” da imagem e do som que perturbavam a nitidez da dita, do velho televisor Grundig, da sala daquela minha antiga casa e dos respectivos sofás, forrados a tecido alinhavado verde muito escuro.
Tempos, em que no meio de tanta coisa má, também havia muitas coisas boas.
Esta série está, na minha opinião, muitíssimo bem realizada e excelentemente interpretada pelos actores de várias idades.
Retrata um modo, um tempo e umas circunstâncias que eu ainda vivi na primeira infância – quando se deu o 25 de Abril tinha nove anos -, altura em que se fixam para sempre em nós sons, cheiros e imagens.
Tenho tido o grande prazer de assistir à maior parte dos episódios na companhia da minha filha (17 anos) que gosta, também, muito da dita série, e que tem permitido, com a cumplicidade da mãe, conversas muito interessantes sobre política, filosofia, sociedade, publicidade e muitos outros aspectos, nomeadamente o grande contraste entre um tempo, que apesar de tudo, foi meu e o tempo que é dela.
No episódio de hoje, um dos assuntos abordados foi a chegada do Homem à Lua que, curiosamente, é a primeira transmissão televisiva de que me recordo. Lembro-me perfeitamente de estar a assistir a isso, dos “xxxxxxisssssss” da imagem e do som que perturbavam a nitidez da dita, do velho televisor Grundig, da sala daquela minha antiga casa e dos respectivos sofás, forrados a tecido alinhavado verde muito escuro.
Tempos, em que no meio de tanta coisa má, também havia muitas coisas boas.
2 comentários:
(não perco um episódio... e aquela voz do Carlinhos já adulto é tão convidativa que, noutro dia, iam mostar o senhor que a tem.... e eu nem quis ver...prefiro imaginar ehehe)
Também eu, não costumo perder um episódio, mas desta escapou. Tenho pena, porque me lembro muito bem desse dia em que ficámos todos agarrados à caixa a preto e branco e sem definição alguma!
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