Há uns raros espaços que pela sua natureza conseguem transpirar as pequenas e grandes histórias de que foram local.
Essa transpiração de reminiscências nunca é concreta ou absoluta. É uma espécie de pulsar de vida – ou de vidas – vindo de um tempo que já foi.
Provavelmente nem todos conseguem senti-lo, pode ser que seja uma faculdade ou deficiência de alguns, poucos, em que eu me incluo. Digo deficiência porque eu não sei se é bom sentir esse eco. Mas, sendo bom ou sendo mau, eu sinto.
Sinto-o em certos castelos, em certas casas velhas e até mesmo em hotéis que persistem em perdurar no tempo com os seus chãos em tabuado de carvalho centenário, com os seus reposteiros pesados, com as suas tapeçarias já gastas em que o chá é servido em boa porcelana e as coisas, embora não informatizadas, funcionam, nem que façam uns ruídos esquisitos ou que demorem a fazer o que se espera.
Pode ser que essa sensação de ouvir o que já foi seja um sintoma da minha decadência, mas se o é então já nasci decadente, porque sempre o senti.
Talvez seja a decadência dos espaços que em contacto com minha decadência produza uma reacção de comunicação. Talvez. Ou talvez porque um espaço antigo é um espaço que encerra em si mesmo a relatividade do ser e eu sou cada vez mais relativo e relativizador.
E assim começa 2008.
Essa transpiração de reminiscências nunca é concreta ou absoluta. É uma espécie de pulsar de vida – ou de vidas – vindo de um tempo que já foi.
Provavelmente nem todos conseguem senti-lo, pode ser que seja uma faculdade ou deficiência de alguns, poucos, em que eu me incluo. Digo deficiência porque eu não sei se é bom sentir esse eco. Mas, sendo bom ou sendo mau, eu sinto.
Sinto-o em certos castelos, em certas casas velhas e até mesmo em hotéis que persistem em perdurar no tempo com os seus chãos em tabuado de carvalho centenário, com os seus reposteiros pesados, com as suas tapeçarias já gastas em que o chá é servido em boa porcelana e as coisas, embora não informatizadas, funcionam, nem que façam uns ruídos esquisitos ou que demorem a fazer o que se espera.
Pode ser que essa sensação de ouvir o que já foi seja um sintoma da minha decadência, mas se o é então já nasci decadente, porque sempre o senti.
Talvez seja a decadência dos espaços que em contacto com minha decadência produza uma reacção de comunicação. Talvez. Ou talvez porque um espaço antigo é um espaço que encerra em si mesmo a relatividade do ser e eu sou cada vez mais relativo e relativizador.
E assim começa 2008.
1 comentário:
....eu .... recomeço. a partir daqui.
ou melhor,
inicio 2008 por aqui.
onde gostei de vir...e estar.
_______________
até breve.
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