...Costa Rica...

Por razões de ordem profissional tive que me deslocar à Costa Rica, aproveitando a estadia para conhecer melhor esse país da América Latina, que por razões históricas é dos mais desenvolvidos da área.
Apesar de ter tido pouco tempo livre, esforcei-me por conhecê-lo o mais e o melhor possível, atravessando-o de norte a sul e de este a oeste, dando inclusivamente um saltito ao vizinho Panamá.
A Costa Rica é um concentrado de natureza quanto ao relevo, fauna e flora, sendo também um concentrado humano, desde latinos a germânicos, a negros e índios.
Banhado, simultaneamente, pelo Atlântico e pelo Pacífico, dotado de paisagens contrastantes, como é o contraste entre a selva tropical e os altos prados mais próprios da Suiça que de tal terra.
Artilhado com um “Todo-Terreno”, botas e camisas de algodão mergulhei nas suas profundezas, sendo que muito desse mergulho foi feito a pé – ou melhor dizendo a trepar – já que nem o “jipe” podia circular.
Vi a selva na sua plenitude verde e viva, vi as latas montanhas encimadas por crateras vulcânicas e coroadas por neblinas densas.
Peguei em ramas de café e abanei folhas nos bananais, ouvi roncos de símios e o cantar de milhares de cigarras e demais primas.
Olhei o voo das aves. Aves de rapina, abutres outras de penagem fruta-cor.
Nadei no sereno Pacífico e mergulhei no bravíssimo Atlântico – que lá tem as suas águas bem mais quentes.
Calcorreei as ruas de São José (a capital), de Arruela, Puntarenas, Fortuna, Porto Limón, Porto Viejo e de muitas outras localidades e até participei numa manifestação contra o Tratado de Livro Comércio.
Vi tudo isto acompanhado por um velho e bom amigo e conseguimos ambos a proeza de acabar tamanha vista sem nos zangarmos, facto que para quem conhece um e outro é feito de enorme valia.