Há uma tentação natural de considerar Chavez como mais um ditador com tiques apalhaçados, dos muitos que a América Latina tem produzido ao longo dos tempos, cujos efeitos nefastos apenas são sentidos pelos desgraçados que por eles são governados.
Estou, no entanto, convencido que Chavez é algo de diferente e talvez mais importante do que uma simples figura de pantomina.
Chavez, para o bem e para o mal, está legitimado pela força dos votos, quer em termos da sua eleição quer em termos dos sucessivos referendos a que tem submetido as suas decisões mais polémicas. O seu poder não resulta de uma pandilhada militar, apoiada pelos americanos ou pelos russos. O seu poder resulta de uma expressão eleitoral clara e muito mais límpida do que a legitimidade eleitoral de Bush.
Chavez é o presidente de um país com recursos naturais imensos, em que os combustíveis fósseis são preponderantes e sabe usar esse facto como argumento de poder e de marketing.
Chavez tem um discurso populista, muitas vezes demagógico, mas que vai buscar à cegueira do capitalismo e à brutalidade do neo-liberalismo selvagem os principais argumentos para informar a sua alegada razão.
Chavez tem um comportamento provocatório, susceptível de atrair interesse e adesões.
Chavez tem um pensamento e uma estratégia bolivariana para a América Latina, capaz de mobilizar vários países e sustenta-o numa dialéctica que aparentemente devolve dignidade a uma mole imensa de gente que tem sido secularmente desprezada.
Estou, no entanto, convencido que Chavez é algo de diferente e talvez mais importante do que uma simples figura de pantomina.
Chavez, para o bem e para o mal, está legitimado pela força dos votos, quer em termos da sua eleição quer em termos dos sucessivos referendos a que tem submetido as suas decisões mais polémicas. O seu poder não resulta de uma pandilhada militar, apoiada pelos americanos ou pelos russos. O seu poder resulta de uma expressão eleitoral clara e muito mais límpida do que a legitimidade eleitoral de Bush.
Chavez é o presidente de um país com recursos naturais imensos, em que os combustíveis fósseis são preponderantes e sabe usar esse facto como argumento de poder e de marketing.
Chavez tem um discurso populista, muitas vezes demagógico, mas que vai buscar à cegueira do capitalismo e à brutalidade do neo-liberalismo selvagem os principais argumentos para informar a sua alegada razão.
Chavez tem um comportamento provocatório, susceptível de atrair interesse e adesões.
Chavez tem um pensamento e uma estratégia bolivariana para a América Latina, capaz de mobilizar vários países e sustenta-o numa dialéctica que aparentemente devolve dignidade a uma mole imensa de gente que tem sido secularmente desprezada.
1 comentário:
Também partilho desta tua interpretação...
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