quarta-feira, 1 de agosto de 2007


Naquela larga língua de areia,

ladeada por milho verde e mar de verdade,

guardada pelo velho forte,

bem mais novo que o céu azul que a cobre,

olhando num perto que parece longe,

o monte de amor, dor e morte,

em que se vislumbra um farol, que em bicos de pés,

espreita por cima das árvores para lá do horizonte,

num acertado, inequívoco e claro testemunho

de que o querer ver se conjuga com sofrer,

nessa praia que é de todos,

sinto um espaço meu de quase toda a minha vida,

e que bom seria que um dia,

no contra-ponto do primeiro

fosse de toda ela por inteiro.

1 comentário:

nana disse...

i'm speechless de tanto sentir.

mesmo, mesmo.

mesmo
tanto
tão
bonito.....


:,o)


...

um beijo a ti.