...

Se António Champalimaud fosse vivo...a esta hora o MillenniumBCP estava champalOPAdo. :))

...grafitti e duas propostas de teatro (S. João, Porto, e Teatro-Estúdio Mário Viegas, Lx)...

Sou mesmo um eremiturbano. :))

...avulso..

Mais uma recomendação literária e vistas do meu retiro pessoal...

...o que li neste dias de secagem ao sol e que recomendo...

..quando a saia e alma rodopiam...o vento e o sonho são forças de navegar.

...pés ao alto, coração nos deuses...

...é Agosto...

Dos olhos claros do Atlântico ao coração cálido do Mediterrâneo...

...Lisboa e Creta...

Este blog vai estar sossegado enquanto o respectivo accionista único, CEO, director-geral, técnico profissional de limpezas (homem a dias) e porteiro desenrola o cérebro, estica-o muito bem em cima de uma rocha e faz dele uma espécie de painel solar tendo, como objectivo carregar as baterias da alma e ser inoculado de doses astrais de paciência que permitam o aturar-se a ele mesmo durante os próximos 365 dias.

(a imagem é apenas algo de que gosto muito...a minha gente)

Um caixote quadrado

foi pontapeado para o espaço,

está fechado com pregos rombos,

lá dentro um vácuo aos tombos,

tem na tampa um envelope colado,

são os deuses a mandar recado,

“este vácuo é mecanismo,

reagente para o que há-de vir,

solvente para o que já não serve,

é do tédio o cataclismo”.

Naquela larga língua de areia,

ladeada por milho verde e mar de verdade,

guardada pelo velho forte,

bem mais novo que o céu azul que a cobre,

olhando num perto que parece longe,

o monte de amor, dor e morte,

em que se vislumbra um farol, que em bicos de pés,

espreita por cima das árvores para lá do horizonte,

num acertado, inequívoco e claro testemunho

de que o querer ver se conjuga com sofrer,

nessa praia que é de todos,

sinto um espaço meu de quase toda a minha vida,

e que bom seria que um dia,

no contra-ponto do primeiro

fosse de toda ela por inteiro.