sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Zeca Afonso - 02 de Agosto de 1929 - 23 de Fevereiro de 1987
















Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar

Menino sem condição
Irmão de todos os nus
Tira os olhos do chão
Vem ver a luz

Menino do mal trajar
Um novo dia lá vem
Só quem souber cantar
Vira também

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego...

No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vem em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada...

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade...

4 comentários:

Rosario disse...

Gracias por la visita a La Puerta

No he podido traducir bien el poema pero lo captado parece bueno.

Un saludo.

colher de chá disse...

que bela homenagem, que merecida. Que nos lembremos sempre de José Afonso. :)

Lilis disse...

:)

LINDO...

Beijos

nana disse...

:,o)