sexta-feira, 6 de julho de 2007

...pequeno mas suficientemente chato apontamento sobre a natureza humana e o riso...


Da natureza humana e do riso.

Referimo-nos à natureza humana, apesar de não ser do ponto de vista semântico um paradigma da perfeição, como algo distintivo de outras naturezas, como por exemplo a dita animal, a vegetal, a mineral, etc.
À partida todos os seres humanos sabem o que é a natureza humana, tanto mais não seja por confronto ou contraponto com as demais. Além do mais é, também, do senso comum, que apenas somente os seres humanos conseguem caracterizar a sua natureza e as demais. Este facto é, de per si, um feito de relevantíssima importância, e um feito que demorou tempo e deu trabalho. O primeiro Homo Sapiens sapiens não o conseguia ou, pelo menos, não sabia que o conseguia.
Sabemos todos, com maior ou menor conhecimento, o que é a natureza humana. Sabemos que é essa natureza que nos permite rir. Nenhum membro de quaisquer das outras naturezas consegue rir. Já em relação ao chorar não há assim tantas certezas.
Rir é, muito provavelmente, o melhor atestado de humanidade, o que para o bem e para o mal, não deixa de ter a sua graça.
Mas o rir, esse atributo exclusivamente humano, não é o mesmo do que a gargalhada fisiológica, aquela que resulta, por exemplo, da cócega. Gargalhar por causa de uma cócega até os primos macacos o fazem.
Rir é bem outra coisa.
A sua origem ou melhor dizendo a sua central produtora é muito duvidosa. Uns sediam o riso na alma, outros na inteligência e ainda há aqueles que dizem que o riso é uma mera reacção química.
Não considero essa discussão muito importante. Seja qual for a sua origem o facto que o riso existe e manifesta-se.
Mas o rir propriamente dito também não é igual, ou por outra há risos mais fáceis do que outros e há risos mais complexos e elaborados quanto à sua causa.
Há causas que dão vontade de rir a toda a gente, são assim uma espécie de causas universais. A título de exemplo, excepto, muito provavelmente, a própria, toda a gente ri do tombo estatelante de uma freira.
Tenho para mim que o riso mais difícil e elaborado é o conseguirmos rir de e por causa de nós mesmo…

1 comentário:

Anónimo disse...

Não sei porque não foi feito nenhum comentário a este post...
Será por causa da frase, tão senso comum - muito riso pouco siso?
Já me ri de mim própria, confesso.
Acho que, bem pelo contrário, foi um sinal de que ganhei mais juízo. Não que seja perita em guardá-lo, por muito tempo, pelo menos.
Vou treinar...